Tratamento do seu filho autista: Quando recebemos a notícia do diagnóstico de autismo de nosso filho, algum familiar ou amigo, não podemos ficar sem fazer nada.

Não importa o quanto difícil seja criar uma criança com uma doença grave incurável, é sempre melhor tentar fazer alguma coisa.


Há atualmente um consenso na comunidade científica de que, quando mais cedo se der o início a terapia, melhor.

É por isso que muitos cientistas nos Estados Unidos estão tentando – aparentemente com algum sucesso – descobrir formas de diagnosticar o autismo em bebês de 6 meses até mais novos.

A pergunta que surge é que tipo de tratamento tem mais chance de sucesso, para ajudar o nosso filho com autismo.

Tenho o diagnostico de autismo do meu filho, agora o que faço?

Nesse momento, o importante e agir, tem que deixar de lado os “porquês” da situação: Por que autismo? Por que eu? Por que meu filho?

Temos que entender que em este mundo moderno não estamos sozinhos e que ainda há muito a ser feito.

Uma equipe médica deve ser consultada e um plano educacional, traçado. Diagnósticos precisos e uma avaliação cognitiva têm de ser realizados, comportamentos inapropriados devem ser corrigidos, medicamentos considerados, métodos de educação e terapia fonoaudiológica, aprendidos.

Cientistas têm mostrado que certos medicamentos antipsicóticos, tais como a rispiridona [Risperdal], um antipsicótico atípico, e antidepressivos, como a fluoxetina [Prozac], podem, em alguns casos, ajudar a combater sintomas específicos do autismo como a ansiedade e irritabilidade.

Entretanto, até agora as pesquisas não comprovaram que algum tratamento ou terapia baseado em medicamentos ajude a combater os sintomas do autismo mais que dedicação e amor dos pais.

O tratamento do autismo é um processo de tentativa e erro e não existe um que funcione para todas as crianças.

Há relatos sobre essa ou aquela droga milagrosa, ou combinação de vitaminas, óleos de peixes e minerais.

Um número cada vez maior de pais está colocando os filhos autistas em câmaras hiperbáricas, querendo reparar o que acreditam seria algum dano nervoso relacionado ao autismo.

Alguns pais que acreditam que a intoxicação por mercúrio está relacionada ao autismo experimentam uma terapia mais radical e perigosa chamada quelação, que remove metais do organismo.

Qual é a terapia para o tratamento do autismo com melhores resultados

O tratamento do autismo é um processo de tentativa e erro e não existe um que funcione para todas as crianças.

Embora a eficácia de tratamentos desenvolvidos por psiquiatras e outros profissionais da saúde mental não tenha sido provada, ainda, alguns mostram que tem potencial.

Analise Comportamental Aplicada [ABA]

Esta é a terapia mais usada no Estados Unidos em crianças com autismo grave, é uma técnica criada por O. Ivar Lovass.

Esta é uma terapia particular intensiva – algumas vezes com frequência de até 40 horas por semana – com uma terapeuta treinada na ABA é basicamente um sistema de incentivos e recompensas para crianças bastante novas.

A ABA tem como objetivo eliminar comportamentos negativos e estimular os positivos.

Ela ajuda a crianças a aprender tarefas simples ou bem estruturadas, como ir sozinha ao banheiro, e rotinas mais complicadas que envolvem habilidades cognitivas e interação social.

Defensores do método há muito argumentam que ele é o melhor tratamento não medicamentoso para o autismo e o único cuja eficácia já foi testada por aumento do QI e melhora no comportamento de crianças em idade pré-escolar.

Sistema de Comunicação por Figuras [PECS]

Muitos pais recorrem ao Sistema de Comunicação por Figuras [PECS], que faz uso das habilidades visuais da criança autista.

O objetivo é fazer com que a criança autistas que não fala use imagens para aprender a se comunicar – por exemplo, mostrando a foto de um copo de suco se quiser beber – , e, então converter em linguagem o comportamento aprendido.

Floortime

Nesta terapia chamada Floortime, método que o psiquiatra Stanley Greenspan adota, nós devemos sentar com a criança, aceitar sua iniciativa e tentar interagir com ela num sistema de turnos gradualmente mais longos e complexos.

Essa é, em essência, a definição da interação social: a abertura e o fechamento de círculos contínuos de comunicação.

Existem outras terapias como o Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Deficiências de Comunicação Semelhantes [TEACCH]. Criada pelo Eric Schopher, da universidade de da Carolina do Norte.

Roy Grinker, antropólogo da universidade de Washington e pai de Isabel uma menina autista, afirma que muitas terapias desenvolvidas nos últimos anos têm em comum uma estratégia fundamental que poderia ser simplesmente denominada “surpreendendo seu filho”. Isso significa que não devemos deixar nossos filhos muito tempo isolados, que devemos interagir o máximo possível com eles, levando-os a interagir conosco por mais que eles resistam.

Terapias para o tratamento do autismo disponíveis no Brasil

Todas as terapias mencionadas nas linhas acima são oferecidas pelos centros de ajuda a pessoas autistas, especialmente nas clínicas privadas.

Entretanto estas terapias normalmente tem um custo econômico elevado, já que precisam de um ou vários tutores para sua implementação.

Pensando nisso a psicopedagoga Elaine Moreira formada pela universidade Fundação Santo André e uma apaixonada por esse universo do autismo. Ela crio um curso online em vídeo aulas que aborda o autismo de uma maneira muito completa denominado DesenvolvEU. O objetivo do curso é dar um apoio no desenvolvimento intelectual de nossos filhos autistas e assim ter uma melhor qualidade de vida.

Lembre-se que o autismo pode não ter cura, porém ele não torna o nosso filho incapaz de aprender e de se desenvolver, o nosso filho só precisa ser estimulado da maneira correta.

As terapias são as únicas ferramentas para tratar o autismo?

Conforme as pesquisas de diversos cientistas, o autismo requer uma abordagem multidisciplinar.

Assim, alguns pais tentam dietas sem glúten ou caseína pois os cientistas levantaram a hipótese de o autismo ser em parte uma reação alérgica a certos alimentos e assim dietas ajudariam a combater problemas intestinais que acometem muitos autistas.

Produto de sua própria experiência com seu filho autista, Claudia Marcelino, tem um livro sobre dietas para autistas denominado Autismo Esperança pela Nutrição. Historias de Vida, Lutas, Conquistas e Muito Ensinamento. Esse livro inclui receitas alimentares compatíveis com celiacos, autistas, alérgicos, intolerantes y adeptos de uma dieta sem glúten e sem caseína.

Referencias

R. Grinker.2007. Autismo, um mundo obscuro e conturbado
Instituto Nacional de la Salud Mental. 2013. Guía para padres sobre el Trastorno del Espectro Autista.                            Tratamentos do autismo. acessada em 19/05/2017.