ANTIPSICÓTICOS-AUTISMO: esse conjunto de medicamentos foram concebidos originalmente para tratar problemas sérios como a Esquizofrenia e a “fase maníaca” do Transtorno Bipolar

Muitos antipsicóticos são prescritos pelos médicos clínicos, más só o risperdal y aripiprazol foram em 2006 legalmente autorizados para essa finalidade pela Food and Drugs Agency [FDA] dos Estados Unidos.

No caso do autismo, esses medicamentos são usados principalmente para tratar síntomas de irritabilidade, agressão e autoagressão.

O que são os medicamentos antipsicóticos?

Esse grupo de fármacos são usados ​​principalmente para controlar a psicose.

A palavra “ psicose ” é usada para descrever condições que afetam a mente, e em que houve alguma perda de contato com a realidade, muitas vezes incluindo delírios [crenças falsas e fixas] ou alucinações [ouvir ou ver coisas que não estão realmente lá].

As vezes isso pode ser um sintoma de uma condição física, como abuso de drogas ou transtorno mental, como esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressão muito grave [também conhecida como “depressão psicótica”].

Nesse sentido, diferentes antipsicóticos são usados ​​em combinação com outros fármacos para tratar delírio, demência e problemas de saúde mental, incluindo:

  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade [TDAH]
  • Depressão severa
  • Distúrbios alimentares
  • Transtorno de Estresse Pós-Traumático [TEPT]
  • Transtorno Obsessivo Compulsivo [TOC]
  • Distúrbio de ansiedade generalizada

Porém, esses medicamentos não curam essas condições.

Eles são usados ​​para ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente com problemas mentais.

Antipsicóticos, aparição cronológica no tempo
Aparição Cronológica dos Antipsicóticos no Tempo.

Como funcionam os medicamentos antipsicóticos?

Todos esses medicamentos atuam modificando a forma como são transmitidas as informações entre as células individuais do cérebro.

Seja como for, os sintomas de psicose parecem ser consequência de uma atividade excessiva das células sensíveis aos neurotransmissores dopamina e serotonina.

Nesse sentido, os antipsicóticos bloqueiam os receptores de dopamina e de serotonina com a finalidade de reduzir comunicação entre grupos de células.

Assim, diferentes medicamentos antipsicóticos bloqueiam diferentes tipos de neurotransmissores.

Contudo, todos os medicamentos eficazes conhecidos bloqueiam os receptores de dopamina.

Além disso, os medicamentos mais recentes ou atípicos também bloqueiam os receptores da serotonina, que é outro neurotransmissor.

Por isso, os especialistas acreditam que essa propriedade pode tornar esses medicamentos mais eficazes.

Contudo, estudos recentes não deram respaldo a essa opinião.

Por outro lado, a clozapina, que também bloqueia muitos outros receptores, é evidentemente o mais eficaz para tratar sintomas psicóticos.

Porém, ela é pouco usada devido aos seus efeitos colaterais sérios e à necessidade de monitoramento com exames de sangue.

Medicamentos antipsicóticos típicos

Aqueles medicamentos mais antigos ou de primeira geração também são chamados de “típicos” convencionais ou “neurolépticos”.

Por exemplo, alguns dos antipsicóticos típicos comuns incluem:

  1. Clorpromazina [Thorazine®]
  2. Flufenazina [Prolixin®]
  3. Haloperidol [Haldol®]
  4. Perfenazina [Trilafon®]
  5. Tioridazina [Mellaril®]
  6. Trifluoperazina [Stelazine®]

Medicamentos antipsicóticos atípicos

Por outro lado, os medicamentos mais novos ou de segunda geração também são chamados de antipsicóticos “atípicos”.

Alguns desses medicamentos atípicos comuns incluem:

  1. Aripiprazol [Abilify®]
  2. Asenapina [Saphris®]
  3. Clozapina [Clozaril®, FazaClo®]
  4. Olanzapina [Zyprexa®]
  5. Quetiapina [Seroquel®]
  6. Risperidona [Risperdal®]
  7. Ziprasidona [Geodon®]

De acordo com uma revisão de pesquisa de 2013 pela Agência de Pesquisa e Qualidade da Assistência à Saúde , os antipsicóticos típicos e atípicos trabalham para tratar os sintomas da esquizofrenia e da fase maníaca do transtorno bipolar.

Nesse sentido, vários fármacos atípicos têm um “espectro mais amplo” de ação do que os medicamentos mais antigos e são usados ​​para tratar a depressão bipolar ou a depressão que não respondeu a um medicamento antidepressivo sozinho.


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Medicamentos antipsicóticos e autismo

Na atualidade diferentes medicamentos são usados para tratar sintomas do autismo, ainda que legalmente não estejam autorizados pra essa finalidade.

Ou seja, o médico clínico pode prescrever medicamentos não especificados para o TEA, baseado na sua própria experiência, ao tratar pacientes com sintomas similares ao autismo.

Nestes momentos só a risperidona [Risperdal] e o aripiprazol [Abilify] estão aprovados pela FDA para tratar ataques de raiva em pacientes com TEA.

Por exemplo, o uso da risperidona para o tratamento de pacientes esquizofrênicos foi autorizado nos Estados Unidos em 1993.

Logo em 2003 a FDA autorizou o uso da risperidona para tratar a irritabilidade associado ao Transtorno Bipolar.

Do mesmo modo, em 2006 a FDA autorizo a risperidona para o tratamento dos ataques de raiva em crianças e adolescentes com autismo.

Esses medicamentos ajudam a calmar-se a pacientes com TEA quando presentam ataques de raiva, agressão, demência e delírio. Na faixa etária de 5 a 16 anos.

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Como as pessoas respondem aos antipsicóticos?

Primeiro de tudo, certos sintomas, como sentir-se agitado e ter alucinações, geralmente desaparecem poucos dias após o início de um medicamento antipsicótico.

Enquanto os sintomas como delírios geralmente desaparecem dentro de algumas semanas, mas os efeitos completos da medicação podem não ser vistos por até seis semanas.

Assim, cada paciente responde de maneira diferente, por isso pode levar vários estudos de diferentes antipsicóticos para encontrar o que funciona melhor.

Portanto, algumas pessoas podem ter uma recaída – o que significa que os sintomas voltam ou pioram.

Geralmente, recaídas acontecem quando as pessoas param de tomar a medicação, ou quando só as tomam às vezes.

Algumas pessoas param de tomar a medicação porque se sentem melhor ou sentem que não precisam mais dela, mas ninguém deve parar de tomar um medicamento sem falar com o médico.

Quando um médico disser que não há problema em parar de tomar um remédio, deve ser gradualmente diminuído – nunca parou de repente.

Muitas pessoas devem permanecer em um antipsicótico continuamente por meses ou anos, a fim de permanecerem bem.

Por essa razão o tratamento deve ser personalizado para cada indivíduo.

Quais são os possíveis efeitos colaterais dos antipsicóticos?

Como muitos outros medicamentos, o uso desses fármacos têm muitos efeitos colaterais [ou eventos adversos] e riscos.

A seguir a Dra. Maria fernanda Caliani, especialista em neurologia infantil da clinica Neurologia e Psiquiatria, fala o seguinte sobre a medicação no autismo infantil.

Nesse sentido, o FDA lista os seguintes efeitos colaterais dos medicamentos antipsicóticos:

  • Sonolência
  • Tontura
  • Inquietação
  • Ganho de peso [o risco é maior com alguns medicamentos antipsicóticos atípicos]
  • Boca seca
  • Prisão de ventre
  • Náusea
  • Vômito
  • Visão embaçada
  • Pressão sanguínea baixa
  • Presença de movimentos incontroláveis, como tiques e tremores [o risco é maior com medicamentos antipsicóticos típicos]
  • Convulsões
  • Um baixo número de glóbulos brancos, que combatem infecções

Da mesma forma, uma pessoa que toma um medicamento atípico deve ter seu peso, níveis de glicose e níveis lipídicos monitorados regularmente por um médico.

Também os medicamentos típicos podem causar efeitos colaterais adicionais relacionados ao movimento físico, tais como:

  • Rigidez
  • Espasmos musculares persistentes
  • Tremores
  • Inquietação

Discinesia tardia, o que é?

O uso prolongado destes medicamentos típicos pode levar a uma condição chamada discinesia tardia [TD].

A DT causa movimentos musculares, geralmente ao redor da boca, que uma pessoa não consegue controlar.

Os sintomas da discinesia tardia podem variar de leve a grave e, em algumas pessoas, o problema não pode ser curado.

Às vezes, as pessoas com DT recuperam parcial ou totalmente após interromperem o uso de medicação antipsicótica típica.

Portanto, as pessoas que pensam que podem ter discinesia tardia devem consultar o médico antes de interromper a medicação.

Além disso, a discinesia tardia raramente ocorre quando se toma antipsicóticos atípicos.

Antipsicóticos e o aumento da prolactina

Todos os medicamentos considerados neste resumem, exceto o aripiprazol [Abilify] e a clozapina [Clozaril ou FazaClo], podem causar um aumento da hormona chamada Prolactina.

O aumento da prolactina pode causar problemas na função sexual e o aumento de mamas nas mulheres e homens.

Risperidona, uno de los antipsicóticos usados en el autismo.
Ginecomastia, uno de los efectos colaterales de la Risperidona / ACP

No caso dos homens com TEA, este aumento das mamas se chama GINECOMASTIA.

Para você;

Johnson & Johnson e as indemnizações milionárias a pacientes com AUTISMO por causar neles GINECOMASTIA

Para relatar quaisquer efeitos adversos graves associados ao uso desses medicamentos, você pode entrar em contato com o programa FDA MedWatch .

Para mais informações sobre os riscos e efeitos colaterais dos medicamentos antipsicóticos, você pode visitar Drugs @ FDA .

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Referência

Food and Drug Administration. Antipsicóticos.

National Institute of Mental Healt. Guia para padres sobre el Trastorno del Espectro Autista. 2013.

National Institute Of Mental Healt. Medicamentos Antipsicóticos.

Roy R. Grinker. Unstrange Minds. 2007.